segunda-feira

D01.03:32

"Em que estás a pensar querido?"
"Humm... não sei bem. Ainda não sei bem o que quero. Mas quero saber mais coisas sobre ti. Aliás, importas-te que te chame Ana?"
"Não querido, para ti posso ser tudo que tu quiseres."
"Ana. Vou-te chamar Ana. És a minha namorada e eu acabei de chegar do trabalho. Tens estado à minha espera este tempo todo. Só consegues adormecer se eu estiver ao teu lado."
"Aviso-te já que são mais cinquenta euros para passar a noite toda."
"Não, não é necessário. Só quero que finjas um pouco que és a minha namorada."
"Mas continuas a querer o broche?"
"Sim."
Estacionei o carro. Esta pensão é uma verdadeira pocilga. O que venho cá fazer também não é limpo. Serve perfeitamente. Já conheço o dono. Ele dá-me a chave habitual. Quarto número três. Subimos as escadas. A Ana de hoje não é feia. Se estivesse bem vestida e sem maquilhagem excessiva passaria por uma mulher bonita.
Abro a porta. O quarto cheira a mofo e a esgoto, devido à péssima canalização do prédio. Fecho a porta à chave. Experiências passadas ensinaram-me a não confiar em ninguém, muito menos em putas. Basta virar-lhes as costas por dois minutos e elas põem-se porta fora com a minha carteira e as minhas calças.
"Deita-te na cama. Põe-te debaixo dos lençóis." ordenei-lhe calmamente. "Fecha os olhos e finge que estás a dormir."
"Não me vais fazer nada a mais do que combinámos, pois não?"
"Não, relaxa. Sabes que sou um homem de palavra, Ana."
Dispo as calças, a camisa, as meias e por fim as cuecas. "Olha-me." Ela levanta-se e aproxima-se. Eu agarro-lhe a cara com as duas mãos e beijo-a. "Amo-te Ana." Ela abaixa-se e segura-me no pénis, acariciando-o cuidadosamente. E começa a chupá-lo. "Sim. Continua!" Agarro-lhe os cabelos. Noto que alguns partem-se e soltam-se da cabeça. "Não pares!" Vou-me vir para dentro dela. "SIM!" ...
"Obrigado Ana." digo eu ainda enfraquecido e a estremecer. Tenho que me deitar. Sinto-me livre e vivo.
"Queres que eu faça o resto agora?" pergunta ela enquanto passa a mão pela boca e pela cara.
"Sim."
Ela senta-se ao meu lado, tira uma lâmina de barbear que tenho na carteira e cuidadosamente começa a cortar-me o peito. Uma. Duas. Três vezes. "Pára!" Começo a excitar-me outra vez. Os cortes são pouco profundos e rigorosamente rectos. Finalmente ela aprendeu a fazê-lo. "Outra vez. Na barriga agora." Este passou-me por cima do umbigo. Outro. Sinto-me a vir novamente. "Pára!"
...
Ela pega no dinheiro enquanto limpo o corpo manchado de sangue e esperma.
"A chave da porta?"
"Está dentro da gaveta, do lado esquerdo."
Abre a porta e sai. "Adeus Ana. Até amanhã." pensei. Tenho que voltar ao trabalho. Perdi tudo o que fiz nos últimos três dias neste momento. Mas foi essencial. Preciso disto para continuar. Preciso de ti, Ana.

1 Comentários:

Blogger sílvia dias disse...

Perturbante.

11:25 da tarde  

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